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METRO - BOMBA DE COMBUSTÍVEL FECHA PARA PASSAR NOVA PONTE

Jornal de Notícias

2023-11-18 06:00:12

Preparativos para a Linha Rubi arrancam com abate de posto de combustível Adriana Castro adriana castro*?) n.pt OBRA Arrancou o desmantelamento do posto de combustível da Repsol, na Rua do Ouro, no Porto. Os trabalhos indicam já a preparação da cidade para receber as obras de construção da Linha Rubi do metro, o segundo traçado entre o Porto e Gaia. É lá que assentam um dos pilares da nova ponte sobre o Douro. A travessia será exclusiva para o metro, bicicletas e peões. Ao que o JN apurou, a desmontagem da bomba de combustível começou anteontem, estando a ser desenvolvida pela própria empresa e não pela Metro do Porto. Depois destes trabalhos, segue-se a descontaminação dos solos-também a cargo dos proprietários -, no sentido de poder avançar-se, de forma segura, com a instalação de um dos pilares da travessia, batizada Ponte Dona Antónia Ferreira. Por enquanto, a Metro está à espera do visto do Tribunal de Contas para poder avançar oficialmente com a empreitada. Nessa altura, haverá "16 frentes de obra em simultâneo" nas duas cidades. Contudo, terão "pouca expressão no Porto", avança fonte daMetro." Grande parte delas fica em Gaia, uma vez que a extensão da linha é também a maior a sul do Douro". Por outro lado, a empresa sabe também que, "em termos de localização de estaleiros, não irá ocupar nenhuma área na envolvente da Rotunda da Boavista e Avenida da França". Aliás, fruto dos trabalhos da Linha Rosa, que ligará a Baixa do Porto à Casa da Música, parte do túnel da Linha Rubi está já a ser preparado. Por isso, no Porto, "o empreite iro vai montar estaleiros no parque de estacionamento do Campo Alegre, abaixo da Faculdade de Arquitetura e na estação de serviço da Rua do Ouro". CENTRO CONDICIONADO Para já, a Baixado Porto mantém --se ocupada pelas obras de construção da Linha Rosa. "Atingimos o pico de ocupação. Progressivamente, vamos devolver os espaços", nota o gestor de projeto da Linha Rosa, Pedro Lé Costa. Estamos na Praça da Liberdade, em frente ao Intercontinental, com os pés a vibrar através do chão. Aquela artéria foi reaberta ao trânsito, mas os trabalhos de construção da estação Liberdade/S. Bento continuam no subsolo. A obra acaba, previsivelmente, antes do final de 2024, para a operação avançar no ano seguinte. Atrás de nós está o principal estaleiro da obra de construção do traçado, cujos trabalhos incluem o desvio do rio de Vila. Aquele espaço deverá permanecer ocupado até ao final da obra, uma vez que é lá que estão os escritórios dos empreiteiros e espaços para os trabalhadores almoçarem Acontecerá o mesmo no Jardim do Carregal, mas por causa dos acessos, por túnel, à estação. Entretanto, da Praça da Liberdade já não é possível seguir para a Praça de Almeida Garrett, onde confluem os três "braços" do rio de Vila. A ligação está cortada e assim deverá permanecer até meados do próximo ano. A circulação é permitida apenas no sentido ascendente e, por lá, decorrem trabalhos para o desvio do curso de água e construção de um acesso pedonal subterrâneo entre estações, que acompanhará, paralelamente, o rio de Vila. Ao mesmo tempo, a entrada para o museu sobre o rio será pela nova estação. O Largo de S. Domingos, onde também decorre outra parte desta empreitada, será libertado entre janeiro e feveiro. Nessa altura, o trânsito em direção à Ribeira pela Rua de Mouzinho da Silveira será feita como antigamente, passando pelo largo e pela Rua de Ferreira Borges. Quanto à Praça da Galiza, a Metro oonta começar a libertá-la "até meados do próximo ano".» Metrobus vai custar mais dez milhões de euros Preço inicial "teve por base estimativa" de 2020. Governo atuaUza valor para 76 milhões de euros PORTO Foi atualizado para 76 milhões de euros a estimativa do custo daconstrução de um canal de metrobus entre a Avenida da Boavista e a Praça do Império, no Porto. Ou seja, mais dez milhões de euros do que o inicialmente previsto. Uma resolução do Conselho de Ministros, publicada ontem em " D iário da Repú - blica", nota que "o montante de 66 milhões de euros para a linha de metrobus teve por base uma estimativa elaborada em 2020, a qual foi suportada em estudos e rácios correntes para este tipo de obra". Segundo o Governo, "após setembro de 2020, assistiu--se a um expressivo aumento dos custos de mão de obra das matérias-primas, dos materiais de construção e, não menos significativo, um aumento de custo dos combustíveis e da energia, que impactam diretamente no valor global da estimativa da obra". Em causa estão também fenómenos que se devem à "situação excecionalnas cadeias de abastecimento, da pandemia de covid-19, da crise global de energia e dos efeitos resultantes da guerra na Ucrânia". Esta também foi, em março, a justificação do Ministério do Ambiente para a subida de preço das obras das linhas Rosa e Amarela, entre Santo Ovídio até Vila dEste, em Gaia: mais 84,2 milhões de euros. VEÍCULOS A HIDROGÉNIO Inicialmente, o projeto do metrobus estava previsto apenas até à Praça do Império, mas comoovalordaadjudicaçâo - 25 milhões de euros -, ficou abaixo dos 66 milhões de euros, o Governo decidiu fazer uma extensão do serviço até à Praça da Cidade do Salvador, conhecida oomo Anémona, em Matosinhos. Além disso, "verificou-se que o concurso público internacional para o fornecimento e manutenção de veículos, infraestruturas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fonte renovável culminou com a exclusão de todas as propostas recebidas, pelo que houve necessidade de preparar novo concurso". O novo procedimento, lançado em julho, teve um preço-base de 27,48 milhões de euros, mas as "propostas válidas ficaram acima desse valor". Os autocarros serão construídos pelo consórcio que integra a CaetanoBus e a DST Solar, num contrato adjudicado por 29,5 milhões de euros. Este serviço ligará a Boavista à Praça do Império em 12 minutos e à Anémona em 17 em 2024, circulando em via dedicada na Boavista e em convivência com os carros na Marechal Gomes da Costa. ADRIANA CASTRO CUSTO milhões de euros é o valor total do investimento da Linha Rubi do metro do Porto. O traçado, com 6,4 quilómetros de extensão, conta com oito novas estações nas duas cidades. A SABER A PA deu "luz verde" A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu Título Único Ambiental à Linha Rubi. Considera que "da avaliação efetuada, o pro jet o de execução e o relatório de conformidade ambiental demonstram o cumprimento das disposições da Declaração de Impacto Ambiental". Contrato assinado A 3 de novembro, a Metro do Porto assinou o contrato para a construção da Linha Rubi com um consórcio luso-espanhoL Alberto Couto Alves, FCC Construction e Contratas y Ventas. Menos carros O estudo de procura indica que a Linha Rubi deverá evitar a utilização do cano por 5,8 milhões de pessoas em 2029, o "ano cruzeiro". Pilar da futura ponte do metro vai assentar no local ocupado pela bomba de gasolina Posto de combustível na marginal foi desativado Espaço na Rua do Ouro, no Porto, dará lugar a pilar de nova ponte. Baixa começa a ser "libertada" em meados de 2024 DETALHES Novas estações O traçado entre o Porto e Gaia prevê oito estações, das quais três serão à superfície e em Gaia: Arrábida, Candal e Rotunda. Moreira quer travar O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, diz que não autorizará mais nenhuma frente de obra na cidade enquanto não terminarem os trabalhos do metro que ainda decorrem. Novas composições As novas composições adquiridas pela Metro do Porto à empresa chinesa CRRC estão já na fase final de ensaios, esperando-se que entrem em operação em breve. Túnel para veículos Um ramal subterrâneo, com 568 metros, construído entre a Rotunda da Boavista e a Rua de Domingos Sequeira, servirá para estacionar as composições e colocá-las na linha, vindas das oficinas de Guifões, em Matosinhos. Sem condutor Através de um sistema automático, que permite que as composições comuniquem entre si, a Linha Rosa e a Linha Rubi estão preparadas para ter veículos a circular sem condutor. Novas linhas A13 de outubro foram lançados os concursos para os anteprojetos de quatro novos traçados de metro e metrobus: Gondomar, Trofa, Matosinhos e Maia.