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PSD PREOCUPADO COM CONCURSO ACELERADO PARA COMPRAR COMBOIOS

NOVO Online

2023-11-19 17:18:05

CP quer adjudicar novas composições à Alstom-DST ainda neste ano, mas a contestação de concorrentes e as ilegalidades que têm vindo a ser apontadas ao concurso podem acabar num longo e dispendioso processo em tribunal. "PSD está atento". Já leva demasiado tempo de atraso, mas a recente vontade da CP de acelerar a adjudicação de um contrato de construção e fornecimento de pelo menos 117 comboios regionais, num valor superior a 870 milhões de euros, pode ser remédio ainda pior do que o problema. E o PSD não esconde a preocupação com os efeitos que apressar esta decisão pode ter, nomeadamente se os procedimentos forem abreviados e detalhes importantes descurados em nome de um calendário mais curto, deixando deslizar o rigor a que um investimento deste nível obriga. Em causa pode estar litigância a arrastar-se nos tribunais e a necessidade de voltar ao zero e repetir concursos. Com custos avultados a todos os níveis. "Os investimentos na ferrovia devem avançar, já esperamos há demasiado tempo", começa por dizer ao NOVO Miguel Pinto Luz. "Sobretudo nos tempos que vivemos, com consecutivas dissoluções do Parlamento - que só têm paralelo nos tempos do PREC", defende ainda o vice-presidente do PSD. Mas as ilegalidades que têm vindo a ser apontadas ao concurso para os novos comboios preocupam o maior partido da oposição. Sobretudo numa altura em que o governo está demissionário e o debate político será totalmente centrado numa pré-campanha eleitoral que já parece ter começado, com a contagem de espingardas para a sucessão no PS, e que se deverá arrastar ainda com este governo. Que apesar de demissionário se encontra em plenas funções, podendo por isso tomar todo o tipo de decisões. "O momento que vivemos não ajuda a que se faça o debate necessário ao esclarecimento cabal e devido destes temas", explica ao NOVO Miguel Pinto Luz. Que teme que se possa avançar agora para, por falta de cuidado ou se não forem tidas em conta todas as preocupações e rigor que se exige, haver depois necessidade de se rever e repetir os concursos, com atrasos e custos ainda piores. Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está, este sábado, dia 18 de novembro, nas bancas Joana Petiz, Nuno Vinha