Pedro Lima Editor-adjunto de Economia Adjudicação da compra de 117 comboios ao agrupamento Alstom/DST foi atestada pela CP no final de novembro e custará 746 milhões de euros. Grupo suíço já tinha deixado várias críticas à proposta vencedora e agora confirma que a contestação pela via judicial O grupo suíço Stadler avançou para tribunal para contestar a decisão da CP de adjudicar a compra de 117 unidades automotoras elétricas ao agrupamento Alstom/DST. Ao Expresso, fonte oficial da Stadler referiu que, para já, não há qualquer comentário ao processo. De acordo com a informação constante no portal Citius, está em causa um “processo de contencioso pré-contratual” contra a CP, no valor de 30.000,01 euros, que deu entrada esta quarta-feira no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa. A decisão final de adjudicação pela CP foi tomada a 28 de novembro, depois de em junho o júri do concurso já ter apontado como vencedor, em decisão preliminar, o agrupamento da francesa Alstom e da portuguesa DST. Na pronúncia em audiência prévia sobre o relatório preliminar de análise das versões finais das propostas, quer a Stadler quer a espanhola CAF tinham apontado aquilo que consideravam uma série de inconsistências na proposta da Alstom/DST que, defenderam então, deveria levar à sua exclusão do concurso. A CP esteve então a preparar uma resposta às dúvidas levantadas de forma a tentar evitar a litigância mas a Stadler acabou agora por avançar para tribunal. Este concurso, cujos procedimentos se iniciaram em 2021, corresponde à compra de 62 unidades automotoras para o serviço urbano e 55 para o serviço regional e estava avaliado em 819 milhões de euros mas foi adjudicado por 746 milhões de euros. Contempla a construção de parte desses comboios em Portugal - serão 100 dos 117 a ser montados no país. A Stadler foi a vencedora do concurso para o fornecimento de 22 comboios regionais lançado pela CP e está a fornecer um novo sistema de sinalização ferroviária e 14 novas unidades triplas (42 carruagens) ao Metro de Lisboa.