MADE IN PORTUGAL - PORTUGAL ENTRA EM ÓRBITA (MAIS UMA VEZ): O HERDEIRO DO POSAT-1 JÁ ANDA À VOLTA DA TERRA
2024-04-03 06:00:15

Quando se fala em satélites portugueses é impossível não nos lembrarmos do PoSAT-1 e de Fernando Carvalho Rodrigues, o principal responsável pela sua criação. Este satélite entrou em órbita em 1993 e, trinta anos depois, ainda está no Espaço, embora já não comunique com a Terra. 0 PoSAT-1 custou cinco milhões de euros e foi desenvolvido por um consórcio de empresas/instituições nacionais (INETI, EFACEC, OGMA, UBI e CEDINTEC e Marconi), a que se juntou a francesa Alcatel. A montagem aconteceu na Universidade de Surrey, em Inglaterra. Quase trinta anos depois, o PoSAT-1 tem um sucessor: criado pelo CEiiA, o MH-1 (Aeros) foi recentemente lançado para o Espaço a partir da base da SpaceX, na Califórnia (EUA). O objectivo deste nanossatélite é fazer a observação dos oceanos, em concreto da ZEE nacional. O desenvolvimento foi assegurado por um consórcio liderado pelo CEiiA e pela Thales Edisoft Portugal, onde também está o Massachusetts Institute of Technology (MIT). SpinWorks, Dstelecom, Universidade do Minho, Universidade do Porto, Universidade do Algarve, Instituto Superior Técnico (IST), CoLab+ Atlântico, Okeanos e Air Centre são outros dos participantes. Cada uma destas empresas foi responsável por elementos/funcionalidades do MH-1: por exemplo, o CEiiA «desenvolveu a estrutura» e fez a «integração completa, incluindo os testes de qualificação e logística associada ao lançamento»; a câmara hiperespectral é da Spinworks e as comunicações são asseguradas pela Dstelecom. «O lançamento do MH-1 representa um passo de uma estratégia bastante mais alargada na área do Espaço que envolve o desenvolvimento da primeira família de satélites de alta e muito alta resolução que está já em desenvolvimento em Portugal», conclui o CEiiA. Em Outubro de 2023, houve outro satélite português colocado em órbita: o Bei-Sat, desenvolvido por um grupo de alunos da Universidade de Aveiro, cujo objectivo foi fazer uma «monitorização atmosférica massiva». Ricardo Durand