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# 44 - LEONOR BELEZA

Negócios

2024-07-31 07:02:04

A fundadora do PSD reforçou a intervenção política no último ano. Ao lado de Montenegro, chamou os históricos a mobilizarem-se para as legislativas que deram vitória à AD. Na Fundação Champalimaud, garantiu uma nova doação de 50 milhões de euros OS MAIS PODEROSOS 2024 MANTÉM Leonor Beleza mantém um poder raro no país: a gestão de um elevado volume de recursos financeiros dedicados à ciência e à saúde. A Fundação Champalimaud continua a crescer em valências e nos meios disponíveis para afetar a áreas da pesquisa científica em medicina que se encontram subfinanciadas ou onde tem havido poucos avanços. 0 cancro pancreático, com um novo centro, mas também outros tipos de cancro e as doenças neurodegenerativas são centrais na instituição, que assinala 20 anos. MARIA CAETANO mariacaetano@negocios.pt DIANA RAMOS dianaramos@negocios.pt eonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud e um dos raros rostos femininos na engrenagem dos partidos do início da vida democrática do pós-25 de Abril, mantém o lugar entre os Mais Poderosos da lista do Negócios num ano que é marcado pelos 20 anos da instituição criada para fazer avançar progressos clínicos e de investigação nas áreas de neurociências e do cancro, mas também pelos 50 anos da revolução e da fundação do então Pãrtido Popular Democrático, cuja comissão política integrou no primeiro congresso, com Francisco Sá Carneiro. Há muito arredada da vida política ativa, Leonor Beleza reaproximou-se no início do ano do aparelho social-democrata e reavivou o perfil público com mais algumas intervenções. Foi uma das vozes históricas do PSD ouvidas na convenção da Aliança Democrática (AD) de janeiro, que preparou o caminho para que o partido conseguisse voltar a ser Governo, mesmo que minoritário. Lançou farpas a quem então não estava, Pedro Passos Coelho: “Estou hoje aqui porque resolvi vir aqui. Ninguém me convidou. Isto não é um tempo de cerimónias”. Elogiou quem estava: Pedro Santana I /ipes. Arrancou gargalhadas nalguns momentos e teve ovação de pé nas críticas à gestão dos serviços públicos da saúde, educação e Segurança Social pelo anterior Governo. Apelou à memória histórica e a comparações: 50 anos antes falara de igualdade de género a pedido de Sá Carneiro no Pavilhão dos Desportos; com Luís Montenegro, agora, falava de uma “negação de igualdade de oportunidades na prática porque a administração pública não funciona com a atenção e dedicação necessária”. Outros “históricos” foram-se juntando à nova AD, que se via entalada no espaço à direita pelo crescimento do Chega. Os tempos recentes têm propiciado mais intervenção cívica. Entre os signatários do recente Manifesto dos 50 por reformas na justiça está também a ex-ministra da Saúde de Cavaco Silva que viveu por perto de uma década um processo judicial devido aos escândalo dos doentes hemofílicos contam inados pelo vírus da Sida devido a lotes de sangue provenientes de um laboratório da Suíça As comemorações do cinquentenário do 25 de Abril ocasionaram também entrevistas e aparições públicas nas quais recordou, por exemplo, o papel que desempenhou na revisão do Código C ivi I que, em 1977, entre outras coisas acabou com o poder marital do “chefe de família”. Continuação da pág. 5 Leonor Beleza, jurista especializada em direito da família, tinha então 27 anos e uma carreira política a abrir-se à sua frente num espaço que, mesmo em democracia, manteve e ainda mantém as suas barreiras à participação e ao poder das mulheres. Até à sua exoneração do cargo de ministra da Saúde, em 1990, integrou quatro governos. Foi secretaria de Estado da Presidência do Conselho de Ministros com Francisco Pinto Balsemão (1982-1983), secretaria de Estado da Segurança Social no Governo de bloco central de Mário Soares (1983-1985), e por fim ministra em dois governos de Aníbal Cavaco Silva (1985-1990) Antes dela, recordou já por várias vezes, não havia designação oficial no feminino para membros do Governo. Foi por reivindicação sua que Portugal teve uma primeira “secretária de Estado” e uma primeira “ministra”, já bem depois do 25 de Abril. Contas positivas e um novo centro à espera de abrir Beleza esteve também na vida parlamentar, até 2005, ano que marcou a viragem para um perfil ligado à ciência, que a deixou mais distante do poder político, mas determinante no poder de mobilizar meios e financiamento para investigações e práticas clínicas para avanços em áreas da saúde e científicas nas quais os recursos tradicionalmente não abundam. Ahistóriajá foi contada várias vezes: um telefonema de António Champalimaud mudou a vida de Leonor Beleza, com um convite para dirigir uma fundação para o “desenvolvimento da atividade de pesquisa científicano campo damedicina”, como determinaria o testamento do empresário. Para a missão, havia um património inicial equivalente a 389 milhões de euros. A este património gerido por António de Horta Osório, que passou a integrar a fundação em 2010 têm-se somado mais doações significativas. Primeiro, 50 milhões de euros de Maurício e Charlotte Botton, herdeiros da fortuna Danone, e no último ano outros 50 milhões de euros doados pelo empresário alemão Reinhold Wúrth, do grupo multinacional de parafusos e ferragens com o mesmo nome, que financiarão a atividade do novo centro de cancro pancreático Botton-Champalimaud, construído ao lado das primeiras instalações do centro clínico da fundação em Pedrouços, Lisboa. No novo edifício, a fundação presidida por Leonor Beleza quer afirmar-se nos desenvolvimentos para a melhoria da sobrevida dos pacientes de cancro pancreático, o mais letal e cuja incidência tem vindo a aumentar. O centro foi já inaugurado, mas não há ainda data prevista para a abertura. No último relatório anual da Champalimaud, a presidente tece duras críticas às autoridades licenciadoras, Câmara Municipal de Lisboa e Entidade Reguladora da Saúde, por aparentes demoras. “O resultado é que não estamos a tratar todas as situações que poderíamos, e que temos de fazer uma utilização muito difícil dos meios que existem no Centro Champalimaud, com prejuízo para todas as áreas dos cancros que tratamos”, refere Beleza. O impasse ainda não teve resolução. Mas o último ano garantiu novos progressos nas atividades e também nas contas da Fundação, que passaram a positivas em 2023 com a ajuda de uma valorização do portefól io de investimentos em 11%, equivalendo a ganhos de 42 milhões de euros. O relatório anual destaca também uma melhoria no recurso ao financiamento externo na maior parte, com origem na Comissão Europeia - com mais 4,5 milhões de euros captados pelos investigadores da fundação de forma competitiva, para um total de 13,5 milhões dedicados aos três programas de investigação: neurociência, fisiologia e cancro, e investigação clínica experimental. O investimento da Champalimaud em investigação e desenvolvimento, entretanto, aumentou de 27,7 para 32 milhões de euros. Na atividade do centro clínico, houve no ano passado mais consultas e um movimento anual de mais de 34 mil pacientes, com 8.358 doentes oncológicos a serem tratados nas instalações. O relatório destaca que os novos registos de cancro do centro (2.778 em 2023) representarão mais de metade dos casos registados no Registo Oncológico Nacional. Segundo o documento, o número de ensaios e estudos clínicos também aumentou, para 121 investigações. 0 último ano de gestão de Leonor Beleza à frente da fundação ficou também marcado por novas parcerias na área da sustentabilidade, com substituição de equipamento médico por outro menos poluente e instalação de painéis solares, e pela criação de uma direção de educação para reforçar a fiisão entre a atividade clínica e de investigação. O conselho de cu radores passou ainda a contar com dois novos nomes: Isabel Barroso Soares e Paulo Mota Pinto.» 0 “ranking” dos Mais Poderosos da economia portuguesa foi estabelecido com base em cinco grandes critérios - poder da fortuna, poder financeiro, influência política, influência mediática e perenidade, sendo que cada individualidade foi pontuada de 1 a 5 em cada um deles. A partir da soma ponderada das pontuações o Negócios fixa a tabela final dos 50 Mais Poderosos. O PODER DA FORTUNA 0 “poder da fortuna” avalia a riqueza levando em conta também as dívidas, ou seja, releva a situação líquida (ativos e passivos). O PODER FINANCEIRO No poder financeiro olha-se para o poder através das empresas em que, direta ou indiretamente, se tem influência como acionista ou como gestor. As empresas são mais ou menos relevantes em função da sua dimensão, do seu setor e das redes que estabelecem e o impacto que têm noutras. A INFLUÊNCIA POLÍTICA É medido, neste critério, o poder de influenciar ou de participar em decisões políticas - seja do poder executivo, legislativo ou partidário - com impacto decisivo na economia, nas empresas, nos negócios e na Administração Pública. A INFLUÊNCIA MEDIÁTICA Olha para o poder de condicionar a agenda mediática, através da audiência, capacidade de influenciar a comunicação social ou de mobilização de meios. PERENIDADE Neste ponto evidencia-se a temporalidade do poder que pode ser mais perene e independente de ciclos, sejam eles políticos, económicos ou da vida empresarial. Teixeira Tendo feito literalmente o caminho das pedras, e porque José Teixeira acredita que a cultura é o fator de diferenciação para tornar a DST mais competitiva, continua a misturar fábricas com Vhils ou Beckett e a oferecer cursos de filosofia e neurociência aos seus trabalhadores, que somam benefícios num grupo que até vai ter uma creche para 70 crianças. BILHETE DE IDENTIDADE Cargo: Presidente do grupo DST Naturalidade: Nasceu a 27 de janeiro de 1960, em Braga Formação: Mestre em Engenharia Civil, pela Universidade do Minho Família: É casado com Ana Forte Fernandes e tem duas filhas - Bárbara (ligada às artes) e Maria Teresa (Engenharia e Gestão Industrial). OS MAIS PODEROSOS 2024 0PORQUE DESCE Após a estreia na lista dos 50 Mais Poderosos, em 2022, ocupando o 35.° lugar, justificada pelo posicionamento único da DST na corrida à aquisição da Efacec, José Teixeira tem vindo a perderfulgor no “ranking” do Negócios. Frustrado o negócio da compra da empresa estatal, agora foi a vez de não conseguir firmar a entrega de proposta para o concurso do primeiro troço do TGV Porto-Lisboa. Mas o grupo bracarense mantém intacto o seu poderio empresarial, estando envolvido em ambiciosos projetos. RUI NEVES ruineves@negocios.pt DIANA RAMOS dianaramos@negocios.pt empre a fervilhar de novas ideias, José Teixeira brindou, na última festa de Natal do grupo, os seus mais de três mil trabalhadores com outra novidade “fora da caixa”: casamentos DST, passando a oferecer um matrimónio por ano a um dos funcionários, no campus-sede do grupo, em Braga, que é um autêntico museu a céu aberto. E assi m aconteceu: a 15 de junho passado, com o patrão a pagar todas as despesas, incluindo “catering”, D J e até fogo de artifício, para mais de 100 convidados, realizou-se o primeiro casamento DST no caso, o de tuna funcionaria do grupo. Questionado sobre a motivação para este improvável benefício, José Teixeira respondeu: “O bem faz bem, e fazer bem o bem tem um retorno absolutamente incrível. Criar experiências que fiquem para a vida das pessoas, cumprir com sonhos difíceis de realizar, é um prazer, é uma felicidade, é uma oportunidade para quem faz e para quem recebe. E nessa contabilidade entre quem recebe e quem faz, quando se faz por bem, quem mais recebe é quem dá”, concluiu. Este é apenas um dos mais de 70 benefícios de quem trabalha no grupo DST, muitos dos quais absolutamente incomuns no meio empresarial português, como serviços de cabeleireiro, manicure e de pequena cirurgia plástica, incluindo tratamentode rugas e injeções de botox. Cursos, psicologia, aula de pintura, lavandaria... Mais: pós-graduações em Filosofia e Gestão, formação em Neurociência e em Saúde Mental, centro de saúde com consultas gratuitas de medicina geral, dentária e psicologia, campos de futebol, de ténis e de padel, um circuito de manutenção, uma discoteca, diversos espaços de descanso e lazer. Também há pausas obrigatórias para leitura durante o horário de trabalho, dispondo os seus trabalhadores de umabiblioteca com milhares de obras literárias. E idas ao teatro. E um restaurante. E aulas de pintura gratuitas Continuação da pág. 9 em horário laborai. No final do ano passado, o grupo transformou um espaço de arrumos, no seu campus, numa lavandaria comunitária, para usufruto de todos os seus trabalhadores. Entretanto, num edifício em ruínas do início do século passado, local izado no complexo desportivo do campus da DST, vai nascer uma creche para os filhos dos funcionários do grupo. “Esta creche vai acolher 70 crianças, dos 0 aos 3 anos, e contará com um programa pedagógico minuciosamente estudado e adaptado às reais necessidades educativas atuais”, revela José Teixeira ao Negócios. “Ter aqui uma creche muda tudo no paradigma de ter filhos: os nossos trabalhadores saberem que podem ter filhos, vir para o trabalho e deixar os seus filhos aqui, sem terem a preocupação de encontrar uma creche, sem terem de gastar um cêntimo do seu salário para poder deixar aqui os seus bebés, isso é fazer uma coisa perto da possibilidade de nos dar paz interior”, afirma o 1 íder do grupo bracarense. O salário mínimo na DST “é de 870 euros líquidos por mês, superior aos valores decretados por lei”, a que se soma “o seguro de vida e o seguro de saúde”, enfatiza José Teixeira, considerando que “o objetivo da erradicação da pobreza não é uma missão apenas dos governos, mas também de quem, no setor privado, emprega, ou seja, dos empresários”. Líder começou literalmente a partir pedra aos 6 anos A frente do grupo DST desde a morte do pai, em 2010, José Teixeira começou literalmente a partir pedra aos 6 anos de idade. J untamente com os seus três irmãos acionistas e administradores - Joaquim, Avelino e Hernâni ergueram a pulso uma pequena pedreira fundada pelo pai, Domingos da Silva Teixeira (DST), que forneceu materiais para a construção do velhinho Estádio l.° de Maio, em Braga. Nascida nos anos 40 na extração de inertes, a empresa evoluiu depois na fileira da engenharia e construção, que ainda hoje é a área “core” do grupo.com José na liderança, a DST acelerou a sua expansão neste século, convertendo-se num poderoso conglomerado industrial e até cultural. Empregando neste momento 3.326 pessoas, das quais 2.705em Portugal, tem dezenas de empresas nas diversas áreas ligadas à engenharia e construção, ambiente, energias renováveis, telecomunicações, “real estate” e “ventures”, tendo fechado o último exercício com um volume de negócios de 587 milhões de euros, mais 110 milhões do que no ano anterior. Do total faturado em 2023, quase 107 milhões de euros foram gerados nos mercados externos, nomeadamente em França, Mónaco, Reino Unido e Países Baixos, aos quais se juntou recentemente o Luxemburgo. Ganha comboios para a CP, perde l.° comboio do TGV Da atividade do grupo DST no último ano, merecem destaque a conclusão do projeto da nova sede da EDP em Lisboa, que esteve em curso durante quatro anos, o lançamento do satélite português Aeros para o espaço ou o 5G.Rural. Este último projeto nasce de um consórcio liderado pela DSTelecom, que tem a ambição de garantir, até 2026, a implementação de uma panóplia de casos de uso assente em 5G em zonas remotas do Alentejo, em áreas como a saúde, educação, energia, agricultura, turismo, arte e cultura, dando cobertura 5G a mais de 70 mil pessoas nesta região. E lidera duas das chamadas Agendas Mobilizadoras, no âmbito do PRR, num investimento agregado que ultrapassa os 450 milhões de euros - um visa a construção de um “cluster” de habitação modelar, o outro tem como objetivo a criação de um ecossistema da indústria das baterias elétricas. Há ainda a destacar dois outros factos positivos e um negativo na cronologia recente da vida da DST: em consórcio com a francesa Alstom, ganhou o concurso para o fornecimento de 117 unidades automotoras elétricas à CP, por 746 milhões de euros; e o consórcio que junta a DST e a CaetanoBus, entre outros, venceu o concurso para a construção dos autocarros a hidrogénio que circularão no serviço de metrobus do Porto, por 29,5 milhões de euros. Jáoconsórcioque integra com a espanhola Sacyr, a francesa NGE Concessions e a Alberto Couto Alves não entregou em tempo útil a proposta para o concurso do primeiro troço da linha de alta velocidade Porto-Lisboa. Mais de duas mil obras de arte a serpentear fábricas Regressemos agora ao campus-sede da DST, com 1,2 milhões de metros quadrados, onde, por entre imensas unidades fabris, estão espalhadas mais de duas mil obras de arte, entre as quais os rostos dos pais de José Teixeira esculpidos por Vhils, aos quais sejuntou, a 1 dejunho passado, outra obra do artista, o Light Maria, em homenagem a Maria do Alívio Gonçalves Teixeira, irmã dos membros da administração do grupo. Por entre outras iniciativas culturais inovadoras, como a “DST - vivos nas livrarias” ou o ciclo de conferências “Escutar o silêncio”, José Teixeira continua a acreditar que a cultura é o fator de diferenciação para tornar o grupo mais competitivo, sendo um dos maiores mecenas do país. “A cultura é a salvação da economia”. ¦ BILHETE DE IDENTIDADE Cargo: Presidente da Fundação Champalimaud. Idade: 75 anos. Formação: Direito. Cargos anteriores :secretária de Estado da Presidência do Conselho de Ministros: secretária de Estado da Segurança Social; ministra da Saúde; deputada; vice-presidente da Assembleia da República. Leonor Beleza reaproximou-se no início do ano do aparelho do PSD. Foi uma das vozes históricas na convenção da AD, apoiando Montenegro. Continua na pág. 7 TABELA DE CRITÉRIOS Poder da fortuna Rede empresarial Influência política Influência mediática Perenidade OS MAIS PODEROSOS 2024 # 44 LEONOR BELEZA Ao património inicial deixado por Champalimaud, a fundação já somou doações de 100 milhões de euros dos Botton e do Grupo Wúrth. TEIA DE INFLUENCIA luis Montenegro 0 primeiro-ministro e líder da Aliança Democrática contou com o apoio de Leonor Beleza na convenção da AD. A fundadora do PSD apelou à mobilização para a vitória nas legislativas. Luís Marques Mendes Amigos, aliados, ambos vozes no Conselho de Estado enquanto escolhas pessoais de Marcelo Rebelo de Sousa. Leonor Beleza apoiou-o para a liderança do PSD. Manuel Alegre 0 histórico socialista, também conselheiro de Estado, é outro dos nomes que Leonor Beleza trouxe para o círculo da Fundação que dirige enquanto curador. Paulo Portas 0 antigo presidente do CDS-PP está desde 2019 no conselho de curadores da Fundação ¦Champalimaud. Daniel Proença de Carvalho Defendeu Beleza no chamado processo dos hemofílicos e escreveu sobre isso. Terá tido um papel no convite de Champalimaud para que esta liderasse a Fundação. Francisco Pinto Balsemão Foi de Francisco Pinto Balsemão que Leonor Beleza recebeu o primeiro convite para integrar um Governo. Foi secretária de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. Relnhold Wurth 0 empresário doou 50 milhões de euros para investigação do cancro pancreático pelos próximos dez anos. Recebeu de Marcelo Rebelo de Sousa a Grã-Cruz da Ordem de Mérito. Marcelo Rebelo de Sousa ^Amigo de família, colega de faculdade e presença constante no percurso de Leonor Beleza. Esta reconhece a Marcelo alguma importância na sua entrada na vida política. Antonio Ramalho Eanes A relação com o ex-Presidente é próxima. Beleza recorda om frequência um episódio Isabel soares A diretora do Colégio Moderno e filha do ex- Presidente Mário Soares passou a integrar o conselho de curadores da Fundação Champalimaud no último ano. em que este autorizou que a então "secretária de Estado" fosse designada no feminino. Aníbal Cavaca Silva Foi o primeiro-ministro que chamou Beleza para ministra da Saúde, e também quem a exonerou. Mas têm-se apoiado mutuamente em vários momentos. Está no conselho de curadores. Maurício e Charlotte Botton Os herdeiros da fortuna Danone doaram 50 milhões para a construção do novo entro de cancro pancreático Botton-Champalimaud. João Silveira Botelho 0 vice-presidente da Fundação Champalimaud é o braço-direito de .Beleza e acompanhou-a como chefe de gabinete nos governos que esta integrou. António Horta Osório 0 ex-banqueiro do Lloyds e do Credit Suisse é o responsável pela gestão financeira da Champalimaud. É administrador da Fundação desde 2011. Manuela Ferreira Leste Companheira de partido e amiga, é conselheira da Fundação Champalimaud. Leonor Beleza substituiu Ferreira Leite no Conselho de Estado quando esta passou a liderar o PSD. António Damásio 0 ex-conselheiro de Estado é um dos nomes da ciência no círculo da Champalimaud, sendo curador tal como António Coutinho, do Instituto Gulbenkian da Ciência. Paulo Mota Pinto 0 ex-deputado e mandatário da candidatura de Manuela Ferreira Leite à presidência do PSD foi outro dos novos nomes chamado a curador da Fundação. A instituição presidida por Beleza construiu um novo centro para o cancro pancreático que não se encontra ainda em funcionamento. O ADMIRÁVEL MUNDO DA IA ANDREW NG Cientista e empresário A inteligência artificial é a nova eletricidade. Ela irá transformar todos os setores da sociedade e impulsionar o progresso humano de uma forma sem precedentes. “O Poder de Fazer Acontecer”, a conferência anual do Negócios realizada no âmbito de Os Mais Poderosos, será dedicada ao tema da inteligência artificial. LEONOR BELEZA MANTÉM POSIÇÃO Evolução anual na lista de “Os Mais Poderosos” Após a estreia em 2023, no 44.° lugar, a presidente da Fundação Champalimaud mantém este ano a classificação. É reconhecido o poder do trabalho feito na área da medicina. TABELA DE CRITÉRIOS Poder da fortuna Rede empresarial Influência política Influência mediática Perenidade Sediada em Braga, num campus que mistura fábricas com arte, a DST emprega 3.326 pessoas e fatura perto de 600 milhões de euros. Continua na pág. 11 OS MAIS PODEROSOS 2024 TEIXEIRA Avelino e Hernâni Pauto Filipe Nascido em 1973, é licenciado em Engenharia Mecânica e reside em Angola desde 2009, ano em que assumiu funções no grupo sediado em Braga como diretor-geral da DSTAngola. Joaquim Teixeira Irmão mais velho de José, ,é acionista e COO do grupo, membro da administração e vice-presidente de uma série de empresas do universo DST. É considerado “a cola" da família Teixeira. Souto Moura Prémio Pritzker 2011, Eduardo Souto Moura é responsável pelo projeto de arquitetura da nova unidade de construção minimalista do grupo bracarense DST, no âmbito do PRR. Gian Cuca Erbacci Em consórcio com a francesa Alstom, liderada na Europa por Gian Luca Erbacci, a DST ganhou a corrida ao fornecimento de 117 automotoras elétricas à CP, tendo o negócio sido adjudicado por 746 milhões de euros. Stéphane Calas É sócio da Cube infrastructure Partners, o fundo luxemburguês que entrou em 2018 no capital da DSTelecom, o braço de telecomunicações do grupo DST, e onde Calas é administrador. susana Braga Licenciada em Economia, entrou há 17 anos na DST, onde é a administradora responsável pelo planeamento estratégico, assumindo também o controlo de gestão e análise de novos negócios. Rui Madeira Amigo de longa data de José Teixeira e diretor da Companhia de Teatro de Braga, instituição que tem a DST como mecenas exclusivo. “Porque tudo é teatro”, afirma o líder do grupo bracarense. Eduardo ceite É o CEO da Cari, que foi adquirida pela DST em 2007, tendo sido sob a sua liderança que a empresa fez o “turn around” e tornou-se uma referência na estratégica área da reabilitação. Aiejandro Aravena 0 novo edifício de escritórios da EDP. no seu complexo-sede em Lisboa, concluído já este ano pela DST, foi a primeira e impactante obra do Prémio Pritzker de 2016 em Portugal. Rodrigo Araújo CEO da Bysteel e da Bysteel FS, duas empresas do universo DST, é considerado por José Teixeira “o principal responsável pela internacionalização do grupo”. João Negrais Matos . Formado em Economia, passou pelo BES, Netjets Europa ou KPMG, antes de aterrar em 2007 na .DST, onde é administrador e responsável pela sofisticação de processos e inovação. Hernâni Teixeira Com formação superior em Gestão e Marketing, o irmão mais novo de José é acionista e administrador comercial da DST, integrando ainda a administração de várias empresas do grupo. Avelino Teixeira Acionista e administrador financeiro (CFO) da DST, o irmão do presidente do grupo é também vice-presidente de uma vasta-paleta de empresas do universo empresarial sediado em Braga. Ricardo Carvalho Um dos quadros que melhor espelha o “elevador social” do universo DST, é o CEO da DTE - instalações Especiais, uma das principais empresas do grupo bracarense. Ricardo Salgado CEO da DSTelecom, operador de referência de redes de fibra ótica no interior de Portugal, já com uma cobertura de mais de 900 mil casas xem mais de 145 concelhos do país. Norman Foster 0 grupo DST firmou uma parceria com o conceituado arquiteto inglês - “o deus da arquitetura", como lhe chama José Teixeira - para a construção modular. Eurico Soares Licenciado em Engenharia Civil pela Universidade do Minho, todo o seu percurso profissional está ligado ao grupo DST, onde é administrador com o ¦pelouro da produção e engenharia. 0 grupo DST é controlado pela família Teixeira, com o líder / Álvaro Siza vieira / Até final de 2025, a DST ¦ terá uma nova unidade industrial concluída, dedicada à construção modular e madeiras, cujo .... . projeto de arquitetura é da responsabilidade do Prémio Pritzker 1992. José a contar na administração José Teixiera DESCE 3 LUGARES APÓS QUEDA DE 5 Evolução no “ranking” de Os Mais Poderosos Depois da não concretização da compra da Efacec ter provocado a queda em 2023, ter ficado em terra na corrida ao primeiro troço do TGV provocou nova descida de José Teixeira. Fonte: Negócios O ADMIRÁVEL MUNDO DA IA IAN MCEWAN Escritor Nunca vislumbrámos a chegada da internet. Equando a internet já existia, nunca previmos as redes sociais. E quando chegaram as redes sociais, nunca imaginámos que os russos seriam capazes de escolher o Presidente dos Estados Unidos. “O Poder de Fazer Acontecer”, a conferência anual do Negócios realizada no âmbito de Os Mais Poderosos, será dedicada ao tema da inteligência artificial. CLASSIFICAÇÃO 2024 1.0 2.° 3.o 4.o 5.0 6.o 7.o 8.0 9.0 IO.0 ll.o 12.0 13.o 14.o 15.o 16.o 17.o 18.o 19.o 2O.o 21.o 22.o 23.o 24.o 25.o 26.o 27.0 28.o 29.o 3O.o 31.o 32.o 33.o 34.o 35.o 36.o 37.o 38.o 39.o 4O.o 41.0 42.o 43.o José Teixeira 0 44.o Leonor Beleza O 45.o Nuno Sebastião o 46.o Joaquim Miranda Sarmento A^ 47.0 José Cardoso Botelho O 48.0 Luís Laginha de Sousa » 49.0 Carlos Moedas w 5O.o Paulo Rangel w MARIA CAETANO