PRÉMIO DST DISTINGUE JOVENS ARQUITETOS
2024-10-30 09:06:06

ii edição do prémio Manuel dias dst apresentado em braga. José teixeira pediu «mudança de paradigMa» na arquitetura Eduardo Souto Moura deu aula prática na “dst” no lançamento de prémio para jovens arquitetos O dstgroup e a Ordem dos Arquitetos apresentaram, ontem, a segunda edição do Prémio Manuel Graça Dias dst, cerimónia que teve lugar no Auditório Vítor Aguiar e Silva, no campus da empresa bracarense. Presentes estiveram, entre outros, Eduardo Souto Moura, que teceu palavras elogiosas ao seu «grande amigo» Manuel Graça, falecido em 2019, que tinha uma visão «muito diferente» dele no que concerne à arquitetura. «R espeitávamo-nos muito. Eu admirava-o apesar de ter uma linguagem completamente diferente», contou o homem que desenhou o Estádio Municipal de Braga. Antes da intervenção de Souto Moura atuou Manuel de Oliveira, que “tocou” duas belíssimas músicas: uma dedicada à sua filha, de 23 anos, e outra às Nicolinas. Depois, Souto Moura historiou, com pormenores deliciosos e alguns deles nunca revelados, o processo que o levou a “arquitetar” a pedreira. Contou, ainda, mas aqui numa apresentação mais “curta”, o projeto, que já está em execução, no campus da dst, feito por ele (uma parte) e outra por Siza Vieira. Na cerimónia marcaram presença, ainda, o presidente do júri do prémio, Egas José Vieira, o presidente da Ordem dos Arquitetos, Avelino Oliveira, o membro designado pela dst para fazer parte do júri do concurso, José Manuel Carvalho Araújo, e o vereador, entre outros pelouros, do Urbanismo da Câmara Municipal de Braga, João Rodrigues, e o presidente do dstgroup, José Teixeira. Este, num discurso emotivo e bem preparado, disse ser «uma honra» estar a lançar «a segunda edição do prémio Manuel Graça Dias dst», acrescentando que acredita «muito na arquitetura» e no que ela «pode fazer pela saúde de quem habita as cidades ou as aldeias». «As coisas bonitas funcionam melhor e a biologia distingue bem a beleza da fealdade», disse, recordando que a arquitegeógrafos, tura tem «um enorme valor económico e um enorme valor na felicidade das comunidades». Depois de elogiar Manuel Graça Dias , «Fiquei atraído e seduzido pela sua visão e capacidade de gerar empatia e da forma como falava das coisas bonitas. Só depois conheci a sua obra», disse ,, tentou olhar para o futuro , «Como se evita a insularidade nas cidades é uma resposta que tem de ser dada pelos arquitetos urbanistas, designers, arquitetos e psicólogos , e, depois, lançou um repto. José Teixeira pede «mudança de paradigma» «A arquitetura teve o seu movimento modernista e o pós-modernista, e o neo-pós-modernista. Mas o paradigma é o mesmo do pré-modernismo. É uma arte em que não houve mudança de paradigma», juntou, pedindo, ação aos novos arquitetos. «A profissão de arquitetura é uma das que pode inventar o futuro, mas para isso tem de ter poder», atirou, finalizando, como sempre, com uma frase “adornada”. «Todos têm opiniões sobre tudo, mesmo que nunca tenham tirado um curso ou lido um livro sobre o assunto e a sua opinião tem o mesmo valor de quem tenha estudado e pensado a vida inteira. É a vida. Mas é com esta consciência que lançámos» este prémio «na esperança que ocorra o início de uma mudança de paradigma tal qual um grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta, cresceu, tornou-se uma árvore e as aves do céu repousam nos seus ramos», finalizou. pormenores As candidaturas ao prémio podem ser apresentadas de ontem a 15 de janeiro de 2025, sendo que o vencedor será divulgado até 28 de março de 2025 A entrega do prémio, inteiramente financiado pelo dstgroup, ao vencedor, no valor de EUR20.000, está prevista para 2025, no dia 11 de Abril, data do aniversário de Manuel Graça Dias. PRESIDENTE DA ORDEM DOS ARQUITETOS ELOGIOU «QUALIDADE DOS ARQUITETOS» BRACARENSES E «ARQUITETURA DE BRAGA O presidente da Ordem dos Arquitetos (OA), Avelino Oliveira, elogiou a «qualidade dos arquitetos» bracarenses e, também, a «magnífica arquitectura» de Braga. Depois, revelou que mais de 50 por cento dos membros inscritos na OA têm «menos de 40 anos». «Somos uma classe profissional jovem e os arquitetos representam, também, um exemplo de virtude e força em Portugal. Queremos, e é para isso que lutamos, continuar a promover um trabalho de qualidade. E para o fazermos precisamos da colaboração de todos», vincou. Apresentação da segunda edição do Prémio Manuel Graça Dias contou com a presença de vários arquitectos Souto Moura “explicou” projeto do anfiteatro bracarense PEDRO VIEIRA DA SILVA