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JOSÉ TEIXEIRA, CEO DA DST - SE FECHA TORNEIRA DOS TRABALHADORES ESTRANGEIROS HÁ O CAOS

Diário do Minho

2024-12-17 08:02:03

Os trabalhadores estrangeiros são essenciais para colmatar a falta de mão de obra, numa altura em que Portugal está em pleno emprego, sendo necessária, argumentaram ontem o presidente do grupo dst e o CEO do Pestana Hotel Group. Num painel sobre “Os Desafios das empresas” para 2025, no Encontro Fora da Caixa, ambos os empresários falaram sobre a dificuldade de encontrar mão de obra e sobre a necessidade de atrair e reter talento. O mercado “está muito quente” e está a “ser alimentado por trabalhadores estrangeiros”, afirmou José Teixeira, presidente do Conselho de Administração do dstGroup, apon-tando que é uma situação “que deve merecer cuidado regulatório”, nomeadamente ao “criar dinâmicas humanistas”. “Se se fecha essa torneira há o caos”, alertou o empresário, salientando que “estamos quase em pleno emprego, podemos ainda ir buscar alguns trabalhadores ao fundo de desemprego”, mas não é aí que se vai “resolver o problema”. José Theotónio, CEO do Pestana Hotel Group, presente no painel, também argumentou que “hoje em dia, fazer hotelaria sem imigração é impossível”. O responsável defendeu ainda que é necessário “que as empresas se organizem para que consigam dar condições dignas” a estes trabalhadores, para que “não tenham que cair nos facilitadores e redes ilegais”. Neste grupo, há cerca de 60 nacionalidades diferentes a trabalhar, pelo que tal “é crucial para conseguir competitividade e capacidade de atração”, referiu. Já Francisco Cary, administrador executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), destacou também que o “desafio da captação e retenção de talento é geral de todas as empresas e cada uma tem especificidades”. Redação/Lusa José Teixeira