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FUNDOS QUEREM PER NA EFACEC E REVENDA AO FIM DE CINCO ANOS

Negócios

2023-05-15 06:01:15

, a I ii"Arratn.r 08 Todos os meses o Estado injeta mais de to milhões de euros na Efacec. INDÚSTRIA Fundos querem pôr Efacec em PER e vender em 5 anos Entre as quatro propostas que estão na corrida final à compra da empresa, três são de fundos, os quais apostam em rentabilizar o investimento numa lógica de curto prazo. A outra é da Visabeira-Sodecia, que dá a garantia de manter todos os trabalhadores. CELSO FILIPE cfilipe@negocios.pt As propostas dos três fundos que es-tão na corrida à compra da Efacec não contemplam, nos respetivos modelos de negócios, o desenvolvimento da empresa. Um dos fundos coloca mesmo como condição para a aquisição da Efacecum Plano Especial de Revitalização (PER) prévio, enquanto os outros dois desenharam uma proposta que culmina comavenda ao fim de cinco anos, sabe o Negócios. Os três fundos que apresentaram propostas vinculativas para a compra de 71,73% da Efacec, com atividade nos setores da energia, da mobilidade elétrica, da engenharia e do transporte, são a portuguesa Oxy Capital, a norte-americana Oaktree e a alemã Mutares. Este último fundo terá mesmo uma proposta muito semelhante à feita pela DST no primeiro processo de reprivatização, sugerindo uma injeção de capital de 100 milhões de euros, a renti7.fir pelo Banco de Fomento, destinada a pagar a dívida bancária. Avendada Efacec à DST chegou a ser dada como fechada em março do ano passado, mas em outubro o acordo ficou sem efeito. Num comunicado conjunto emitido a 28 desse mês, os ministérios da Economia e do Mar e das Finanças anunciavam que a reprivatização da participação social de 71,73% da Efacec tinha falhado por não se terem verificado tnelas as condições necessárias à concretização do Acordo de Venda" com a bracarense DST. Os dois ministérios acrescentavain que a participação pública na Efacec seria transitória" e que iria continuara "trabalhar com todas as partes envolvidas, incluindo interessados na aquisição da empresa" de modo a que seja garantido o "interesse público". O agrupamento que junta a Visabeira e a Sodecia, o quarto candidato à compra daparticipação do Estado, tem uma proposta que difere das que foram feitas pelos fundos. O consórcio pretende uma separação entre a Sociedade Gestora de Participações Snriais (SGPS) e as áreas operacionais da empresa localizada em Leça do Balio, naquilo que a mesma fonte classifica ao Negócios como um "modelo criativo". AVisabeira e a Sodecia asseguram que irão manter todas as áreas operacionais assim como a totalidade dos trabalhadores. A Efacec emprega atualmente mais de duas mil pessoas. O Governo continua em conversações com os quatro candidatos, não tendo até ao momento assumido qualquer horizonte temporal para anunciar o vencedor desta operação ouuma outra qualquer solução alternativa que garanta a continuidade da Efacec. O único candidato industrial que está na corrida à Efacec é o agrupamento Visabeira-Sodecia Os outros são fundos. Dívida de 200 milhões faz sombra ao futuro Pelo caminho já havia ficado a Mota-Engil, que em abril decidiu não apresentar àParpública (holdingdo Estado onde estáparqueada aposição de 71,73%) uma "proposta vinculativa melhorada". A rota para assegurar a continuidade daempresapassapor dois pontos-chave: encontrar uma forma de acomodar a dívida superior 200 milhões de euros que constrange a sua atividade e capacidade de financiamento, para que amesmanãopesenaestruturados divos em recuperação; e, enlaçando-se com a premissa inicial, minimizar asperdas do Estado, o que sópode ser alcançado por via da rentabilidade futura da Efacec. Desdenovembro, o Estado tem vindo a injetar mensalmente valores acima de 10 milhões de euros pormèsnampresaparaassegurar necessidades de tesouraria. O Governo anunciou a nacionalização da Efacec a 2 de julho de 2020, ficando com a posição que pertencia à empresária angolana, Isabel dos Santos, à data visada no escándalo LuandaLeaks e acusada pela Prccuradoria-Geral da República do seu país, em dezembro de 2019 do desvio de cinco milmilhões de dólares do erário público. Na ocasião, a Justiça angolana decretou o arresto preventivo de contas bancárias pessoais de Isabel dos Santos, do marido, o congolês Sindfira Dokolo (entretanto falecido). Abatalha judicial ainda continua Dua,:e ïi 4,7 Q 1 vl "Neste sentido, impõe-se uma intervenção do Estado queviabilize a sua continuidade de forma a garantir a estabilidade do valor financeiro e operacional da Empresa,quegeraummahnnedenegécios na ordem dos 400 milhões de euros e permitindo, assim, a salvaguarda dos cerca de 2.500 postos de trabalho, da valia industrial, do conhecimento técnico e da excelência em áreas estratéra?,justificava o comunicado de ConsePao de Ministros emitido na altura 2.500 POSTOS DE TRABALHO A Efacec tem um total de 2.500 postos de trabalho, que a proposta da Visabeira e da Sodecia prometem salvaguardar.